Paraná, terra do Barão do Serro Azul
Uma pesquisa do Núcleo de Mídia e Conhecimento.
- Coordenador: Fábio Chedid
- Autor: Kallil Assad
- Edição: Fernanda Cheffer
Introdução
O paranaense não conhece sua história. Por mais que por força de lei do ano de 2001, seja obrigatório o ensino da Disciplina de nossa História Regional, não está em nosso costume tradicional entender a complexa estrutura histórica que envolve quinhentos anos de história.
Poucos sabem que daqui, muito antes das minas Gerais saiu a primeira mostra de ouro brasileiro ao Rei de Portugal, no Século XVI, como de enumeráveis eventos do qual nosso Estado foi protagonista, para a História nacional e latino-americana.
Via de regra somos um Estado novo, onde ao extremo Leste, guardado pela Serra do Mar, está o “povo bagrinho”, originários dos povos caiçaras, miscigenados com os lusos, onde se come peixe e barreado e ainda que agonizante batem-se o Fandango Paranaense, ao transpor a Floresta Atlântica, nos campos de Curitiba as matizes europeias se impõe, pintando um cenário de macarrão, chucrute e pierogue, com uma Capital que está desconexa culturalmente do restante do território.
Subindo aos Campos Gerais, ao rastro da tropa, encontramos os comedores de pinhão e fiéis devotos do chimarrão, que absorveram a cultura gaúcha, visivelmente na música, no modus vivendi e no churrasco de domingo. Passando pela Serra Geral, alcançando os campos de Guarapuava, não só fala-se ucraniano, como pintam-se pêssankas, fazendo do Terceiro Planalto uma filial dos países eslavos. Ao Oeste temos soja, torcedores tricolores e colorados, calor e uma cultura árbe ao extremo, que possivelmente igual, só haja em São Paulo. Por fim ao Norte, Velho e Novo, a migração mineira e paulista que lá ficou em virtude do Ciclo de Café do Século XX, prefere estudar e morar em São Paulo, onde há a divisa.
Estudar a História deste Estado, criado em 1853, politicamente é uma tarefa que somente o decorrer do tempo poderá se encarregar, mas desejamos com este trabalho, poder expor este périplo de homens e mulheres que com sangue, suor e lágrimas construíram em um processo histórico que se confunde com a História do Brasil.
A pesquisa para chegar a conclusão do que iremos apresentar deu-se em longo tempo, com a preocupação de passar informações que consideramos importantes para suprir a necessidade de estudar a História do Paraná. Portanto os nossos agradecimentos são diversos, sobretudo ao Museu Paranaense que com paciência forneceu subsídios sobretudo para as iconografias do conteúdo.
Colocar o Barão do Serro Azul, como um personagem central do que vocês terão contato, é estratificar o homem de negócio que inovou e fez a diferença, mudando o panorama econômico do Estado e os olhares estrangeiros ao nosso território. É falar literalmente de um herói, que na Paz, muito contribuiu para a riqueza e na guerra, ainda que mal interpretado, agiu com amor à sua Terra, o tornando um personagem emblemático, como poucos, um verdadeiro paranaense.
Pesquisa
O Projeto Barão do Serro Azul: Recomposição Histórica de um Herói pesquisa, desde 2015, dados e fatos históricos que conectam a história do Paraná com a trajetória de Ildefonso Pereira Correia, o Barão do Serro Azul, único paranaense inscrito no livro do Panteão dos Heróis da Pátria.
Com a maturidade da pesquisa, percebemos que a melhor forma de apresentá-la era em um formato cronologico, que conferisse a dimensão das transformações e dos principais agentes da história do Paraná ao longo dos séculos.
Você é nosso convidado para explorar e viajar pelo Paraná e seus principais personagens!
Confira o conteúdo que preparamos para cada século abaixo: